Rev. CEFAC, São Paulo
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ADAPTAÇÃO DE PRÓTESES AUDITIVAS NO CANDIDATO AO IMPLANTE OCLEAR
Ana Tereza de Matos Magalhães (1), Maria Valéria Goffi-Gomez (2), Isabela Jardim (3), Robinson Koji Tsuji (4), Rubens de Brito Neto (5), Ricardo Ferreira Bento (6)
RESUMO
Objetivo: caracterizar o perfil audiométrico e demográfico de pacientes candidatos ao implante coclear encaminhados ao setor de prótese auditiva e entre esses, a frequência de indivíduos que se beneficiaram da amplificação sonora. Métodos: foram estudados os pacientes atendidos no período de maio de 2007 a dezembro 2008. Foi realizado o levantamento do perfil da população segundo sexo, idade, escolaridade e etiologia. Foi calculada a média da melhor e pior orelha e classificada segundo Frota (2003).
A média dos limiares auditivos com as próteses auditivas indicadas foi calculada e considerada como benefício quando permitia acesso aos sons da fala do português brasileiro (Russo e Behlau, 1993). Resultados: foram avaliados nesse período 194 prontuários. 108 pacientes já eram usuários de próteses auditivas (55,6%), 100 do sexo masculino (52%), 94 do sexo feminino (48%), 109 eram crianças (56%) e 85 eram adultos (44%). A média de idade foi 4,8 anos (crianças) e 41,9 anos (adultos).
Entre os adultos, 24 possuíam ensino fundamental incompleto (33%). A etiologia mais frequente foi a desconhecida (33%). Dezenove pacientes se beneficiaram do uso da prótese auditiva (10%). No grupo de pacientes que se beneficiaram da prótese auditiva, a média dos limiares em campo livre com amplificação foi de 47 dBNA e 48 dBNA, na melhor e na pior orelha, respectivamente, nas crianças e 50 dBNA e 45 dBNA, respectivamente, nos adultos. Conclusão: o perfil dos pacientes foi: na maioria criança, sexo masculino, etiologia desconhecida, já usuários de próteses auditivas com média de idade 4,8 anos (crianças) e 41,9 anos (adultos), audiometria com perda auditiva
neurossensorial profunda bilateral, sendo que a prótese beneficiou 10% dos pacientes.