ADAPTAÇÃO DE PRÓTESES AUDITIVAS NO CANDIDATO AO IMPLANTE COCLEAR

Rev. CEFAC, São Paulo
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ADAPTAÇÃO DE PRÓTESES AUDITIVAS NO CANDIDATO AO IMPLANTE OCLEAR

Ana Tereza de Matos Magalhães (1), Maria Valéria Goffi-Gomez (2), Isabela Jardim (3), Robinson Koji Tsuji (4), Rubens de Brito Neto (5), Ricardo Ferreira Bento (6)

  1. Fonoaudióloga da Equipe de Implante Coclear do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil; Mestranda pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  2. Fonoaudióloga; Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil; Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia) pela Universidade Federal de São Paulo.
  3. Fonoaudióloga; Fundação Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP, São Paulo, SP, Brasil; Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de São Paulo.
  4. Médico Otorrinolaringologista; Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil; Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade de São Paulo.
  5. Médico Otorrinolaringologista; Hospital das Clínicas da
    Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HCFMUSP, São Paulo, SP, Brasil; Livre Docência pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. (6) Médico Otorrinolaringologista; Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da niversidade de São Paulo, HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil; Livre Docência pela Universidade de São Paulo.

RESUMO
Objetivo: caracterizar o perfil audiométrico e demográfico de pacientes candidatos ao implante coclear encaminhados ao setor de prótese auditiva e entre esses, a frequência de indivíduos que se beneficiaram da amplificação sonora. Métodos: foram estudados os pacientes atendidos no período de maio de 2007 a dezembro 2008. Foi realizado o levantamento do perfil da população segundo sexo, idade, escolaridade e etiologia. Foi calculada a média da melhor e pior orelha e classificada segundo Frota (2003).

A média dos limiares auditivos com as próteses auditivas indicadas foi calculada e considerada como benefício quando permitia acesso aos sons da fala do português brasileiro (Russo e Behlau, 1993). Resultados: foram avaliados nesse período 194 prontuários. 108 pacientes já eram usuários de próteses auditivas (55,6%), 100 do sexo masculino (52%), 94 do sexo feminino (48%), 109 eram crianças (56%) e 85 eram adultos (44%). A média de idade foi 4,8 anos (crianças) e 41,9 anos (adultos).

Entre os adultos, 24 possuíam ensino fundamental incompleto (33%). A etiologia mais frequente foi a desconhecida (33%). Dezenove pacientes se beneficiaram do uso da prótese auditiva (10%). No grupo de pacientes que se beneficiaram da prótese auditiva, a média dos limiares em campo livre com amplificação foi de 47 dBNA e 48 dBNA, na melhor e na pior orelha, respectivamente, nas crianças e 50 dBNA e 45 dBNA, respectivamente, nos adultos. Conclusão: o perfil dos pacientes foi: na maioria criança, sexo masculino, etiologia desconhecida, já usuários de próteses auditivas com média de idade 4,8 anos (crianças) e 41,9 anos (adultos), audiometria com perda auditiva
neurossensorial profunda bilateral, sendo que a prótese beneficiou 10% dos pacientes.